quarta-feira, 11 de novembro de 2009

SAIDEIRA: UMA ÓTIMA NOTÍCIA

Antes de deixar o blog e o restaurante para curtir 30 dias de ócio criativo, o Mestre Cuca dá a notícia que todos nós queremos ler:

CCJ da Câmara aprova diploma para jornalista
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou há pouco, por unanimidade, e com o voto em separado de Zenaldo Coutinho, a PEC 386/09, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que restabelece a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista. A CCJ aprovou a PEC quanto à admissibilidade, segundo o parecer favorável do relator, deputado Maurício Rands (PT-PE). A PEC seguirá agora para uma comissão especial, que será criada para analisá-la. Posteriormente, a proposta precisará ser votada em dois turnos pelo Plenário.


É a primeira batalha vencida, ainda há muito a lutar. Mas vamos em frente, a luta continua!!!

Pra quem quiser contar um conto...

O Mestre Cuca, que sai em férias nesta sexta-feira, deixa o restaurante à mercê dos auxiliares de cozinha, quitutes e outros jornalistas/cozinheiros que quiserem colaborar com futuros pratos do dya. Mas faz um convite: quem quiser contar um conto, que dê uma passadinha no blog Inventor de Histórias, mais uma bela refeição virtual neste cyber-mundo-ervilha.
Beijos e até breve ou, quem sabe, até 2010!

domingo, 1 de novembro de 2009

Mobilizações

Estudantes e professores de Jornalismo, profissionais de comunicação, parlamentares e várias lideranças preparam, para o dia 24 de novembro, a realização de um grande manifesto público e cívico em defesa do diploma, da ética e da melhor qualificação para o exercício da profissão. Em encontro com estudantes de Jornalismo na Faculdade Pinheiro Guimarães, na semana passada, a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, Suzana Blass, defendeu o restabelecimento da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão.
A mobilização que está sendo preparada para o dia 24 de novembro começará às 9 horas, em frente à Reitoria da Universidade Federal da Bahia. "Não é verdade, como defendeu a maioria dos ministros do Supremo, que a exigência do diploma fere o princípio constitucional da liberdade de expressão. Ora, nenhum cidadão tem sua liberdade de expressão cerceada no Brasil. Ao contrário, toda a mídia está com seus espaços escancarados para a livre manifestação de opinião. Aí estão os jornais, com a publicação de cartas, artigos, etc. Aí estão os microfones das emissoras de rádio. Aí estão as emissoras de TV, os blogs", sustenta o jornalista Ipojucã Cabral, diretor da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), uma das entidades que preparam o ato. "O que defendemos, sim, é que, para o exercício cotidiano do Jornalismo, nas redações, como profissão, seja obrigatória a formação superior, o diploma", completa.
Uma das propostas em debate na Bahia é a criação do "Selo Azul", a ser entregue às empresas de comunicação que só contratem, para seus quadros de redação, jornalistas com formação superior em curso de Jornalismo. Isso, enquanto o Congresso não aprovar pelo menos uma das duas PECs que tratam da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo.
"Jornalista se forma com teoria, prática e ética", diz presidente do SindicatoNo encontro com estudantes de Jornalismo na Faculdade Pinheiro Guimarães, a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, Suzana Blass, falou sobre a importância de se restabelecer a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão. Aberto aos estudantes das demais faculdades, o debate fez parte de um especial sobre a história do diploma para jornalista, que foi produzido pelo programa Boca Livre.
Suzana falou sobre as atividades que a FENAJ e os Sindicatos da categoria desenvolvem em todo o País para sensibilizar a população e a classe política sobre o assunto. No encontro, transmitido pela rádio web da Rede FPG, a presidente do Sindicato disse que a regulamentação da profissão de jornalista não limita o acesso aos meios de comunicação porque quase metade do espaço editorial dos jornais é escrito por pessoas que não são jornalistas, mas que emitem opinião por meio de colunas e artigos assinados.
Na opinião de Suzana, a formação superior é um critério democrático para o acesso à profissão, enquanto a outra opção seria autocrática, ou seja, o dono de um jornal ou TV decidindo quem vai ou não ser jornalista. "A prática profissional, o jornalismo, deve ser exercido por quem se habilita na teoria, além de dispor de técnicas específicas e de uma ética determinada", esclareceu.
ApoioO Conselho Federal de Serviço Social realizou, nos dias 6 a 9 de setembro, em Cuiabá (MT), seu 38º Encontro Nacional, com participação dos Conselhos Regionais de Serviço Social e delegados eleitos em assembleias em todos os Estados. No evento, foi aprovada posição contrária à decisão do STF que extinguiu a exigência do diploma para o exercício do Jornalismo.
Com informações da Associação Bahiana de Imprensa e do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro.

Censura???

Votação da PEC dos Jornalistas é adiada novamente Ao contrário do que se esperava a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados não apreciou, nesta quarta-feira, a Proposta de Emenda Constitucional 386/09. Numa iniciativa protelatória, o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) apresentou voto contrário a PEC dos Jornalistas no dia anterior. Apoiadores da proposta concentrarão esforços para que a proposta seja votada na reunião da CCJC do dia 4 de novembro.
Identificado com os interesses dos empresários de comunicação, na justificativa de seu voto em separado Zenaldo Coutinho usou os mesmos argumentos das entidades patronais para se posicionar contra a PEC dos Jornalistas. Sua iniciativa se coaduna com a estratégia empresarial que, na semana passada, através da publicação de artigo da presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Judith Brito, em veículos de comunicação de todo o país, buscou influenciar o posicionamento dos membros da CCJC.
Autor da PEC dos Jornalistas, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) classificou como um tipo de "censura" tanto a prática da grande mídia, que restringe o acesso ao debate quando concede espaço somente a uma versão dos fatos, como a tentativa de barrar a votação da Proposta na CCJ. "É estranho que aqueles que se dizem defensores da liberdade de expressão revelem na prática exatamente o inverso, manipulando e restringindo a discussão. Desde que se começou a cogitar a votação da PEC na CCJ, iniciaram, estrategicamente, movimentos para impedir a análise da Proposta, o que considero uma prática anti-democrática", critica.
Pimenta adianta que, para a próxima semana, juntamente com a FENAJ, o relator da PEC dos Jornalistas, deputado Maurício Rands (PT-PE) a líder da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma, deputada Rebeca Garcia (PP-AM) e com o deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL) serão desenvolvidos esforços para que a PEC seja votada na reunião da CCJC do dia 4 de novembro.
Há expectativa, também, de que no mesmo dia os deputados Paulo Pimenta, Maurício Rands e Rebeca Garcia sejam recebidos pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, para discutir uma alternativa à decisão que extinguiu com a exigência do diploma.