quinta-feira, 27 de março de 2014

Novas receitas

O restaurante mudou de lugar. Deixou os frutos do mar e foi em busca da cozinha cosmopolita do centro do poder. De Brasília, o Mestre Cuca agora pensa em novas receitas.

De volta ao batente!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Senado aprova PEC do diploma

07/08/2012 - 21h18

Senado aprova obrigatoriedade do diploma de jornalismo

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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
O Senado aprovou nesta terça-feira (7), em segundo turno, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que torna obrigatório o diploma de nível superior em jornalismo para o exercício da profissão. Com a aprovação, por 60 votos a 4, a proposta segue para votação na Câmara dos Deputados.
A votação da PEC é uma resposta à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), de junho de 2009, que derrubou a necessidade do diploma para os jornalistas.
Os parlamentares entenderam que a Constituição deve estabelecer a exigência do diploma de curso superior em jornalismo, expedido por "instituição oficial de ensino".
A PEC havia sido aprovada pelo Senado, em primeiro turno, em novembro do ano passado. Desde então, esperava pela análise dos parlamentares --que acabaram concluindo a análise da matéria somente nove meses depois de sua primeira aprovação.
O texto da PEC estabelece que não será exigido diploma para o colaborador --aquele que, sem relação de emprego, produz trabalho de natureza técnica, científica ou cultural, relacionado à sua especialização.
A proposta também assegura que os jornalistas sem diploma que atuam na área possam continuar exercendo normalmente as suas funções, desde que comprovem que já trabalhavam antes da aprovação da PEC.
ARGUMENTOS
Único a falar contra a proposta, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que o diploma foi instituído por decreto da ditadura militar que perdeu sua razão de existir.
"O Senado quer colocar pela janela do ordenamento jurídico brasileiro uma norma que o Supremo expulsou pela porta. É tentativa de burlar uma decisão do STF que colocou a norma fora do ordenamento jurídico nacional", afirmou.
Favorável à PEC, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu a matéria ao afirmar que a formação dos cursos de jornalismo é essencial para o pleno exercício da profissão. "Temos convicção de que a formação dos profissionais em jornalismo é tão importante quanto a formação de qualquer outro profissional", disse.
Para o senador Wellington Dias (PT-PI), a PEC é a garantia de que o profissional deve "assumir a responsabilidade" profissional. "Naquilo que é específico, típico do jornalista, o jornalista. Assim como o que é específico do médico é feito pelo médico."
Autor da proposta, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) nega que a PEC tenha o objetivo de confrontar a decisão do STF. O parlamentar diz que a sua pretensão é estabelecer algo previsto constitucionalmente. "Nossa Carta Magna tem como princípio fundamental o direito do ofício e profissão. É preconceito colocar uma profissão à margem da lei, o único profissional que não tem o seu direito reconhecido."
Quando o STF decidiu derrubar a exigência do diploma, a maioria dos ministros entendeu que restringir o exercício do jornalismo a quem tem diploma afronta o princípio constitucional da liberdade de expressão.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

REDES SOCIAIS Por que os jornais temem tanto os jornalistas?

Do Observatório da Imprensa

Por Mário Bentes em 20/06/2011


“Regras de uso de Twitter a afins, criados por grandes conglomerados de comunicação, são a prova de que jornalista, se livre, é perigoso.”


A citação acima é de minha autoria e foi publicada no dia 17 de maio deste ano em meu perfil da rede de microblog Twitter. Tenho, no momento em que escrevo este artigo, 1.777 seguidores que acompanham tudo o que escrevo e repercuto a partir de terceiros, na mesma rede. Deste montante – muitos são jornalistas –, apenas quatro pessoas deram o chamado retweet, quando repercutem para seus próprios seguidores, na íntegra, uma dada micro-postagem. Das quatro pessoas que gostaram do que escrevi (os outros podem simplesmente não ter concordado, evidentemente), duas são jornalistas. Coincidentemente, ambos estão fora das redações dos “grandes conglomerados”.“Regras de uso de Twitter a afins, criados por grandes conglomerados de comunicação, são a prova de que jornalista, se livre, é perigoso.”
Mas será mesmo coincidência? Ou será que alguns jornalistas deixaram de concordar publicamente – aplicando o retweet – para evitar algum tipo de atrito com seus editores e demais chefes nos jornais onde trabalham? Levanto tal questão a partir do que creio ser uma modinha (alguns chamam de tendência) entre os representantes da “grande mídia”. Recentemente, alastrou-se pelos jornalões a prática de criar o que chamam de “regras de uso de redes sociais” para jornalistas. Resumindo, são coisas que os jornalistas “devem evitar” nas redes sociais, a exemplo do Twitter, Facebooke similares. Nos EUA, redações do Washington PostBloomberg e a agência de notícias Reutersestão entre os exemplos. No Brasil, FolhaGlobo e TV Recordseguiram o modelo.
A justificativa dos diretores e sócios destes veículos de imprensa é que, na ocasião de algum jornalista assumir alguma posição a respeito de algum tema, seja ele um partido, um candidato ou uma campanha, a credibilidade do jornal ou emissora ficaria ameaçada; ou que opiniões pessoais dos jornalistas sejam confundidas pelos leitores com a posição oficial do jornal. Isso para ficar nos argumentos mais usados. Mas será isso mesmo? Creio que o buraco é mais embaixo e esconde muito mais ou mesmo nada que esteja relacionado com mera preocupação com “credibilidade” do jornal ou do jornalista.
Concentração de mídia
Antes de falar especificamente sobre a mais nova modinha dos jornais, vamos deixar algumas coisas claras, para começar. Tal como a renda econômica, a concentração de mídia no Brasil é enorme. A esmagadora maioria dos jornalões de todo o território são ligadas a famílias “tradicionais” que, não raramente, estão ligadas a partidos políticos ou seus donos, geralmente “ricos” e ocupam cargos eletivos – o que contraria a Constituição Federal, que proíbe outorgas de rádio e TV para políticos.
Dados do portal Donos da Mídia mostram que existem, pelo menos até a ocasião da minha consulta, 41 grupos de abrangência nacional que, juntos, controlam 551 veículos de comunicação – jornais impressos, emissoras de rádio e TV, revistas, portais e agências de notícias. De acordo com a mesma fonte, os grupos de comunicação possuem 19.466 sócios, sendo destes 271 políticos. Este último número são os “caras-de-pau”, que colocam seus nomes nos contratos sociais das empresas sem se importar com a legislação – já que é o próprio Congresso, cheio destes políticos-comunicadores, que deveria atentar a isso. Mas o número é bem maior, se considerarmos a infinidade de sócios que são parentes ou têm ligações diretas ou indiretas com políticos – os carinhosamente chamados “laranjas”. Estes, com o perdão da piada infame, estão frutificando a cada dia.
O mesmo não vale para as rádios comunitárias, por exemplo. As outorgas dessa categoria levam anos para sair por conta de imensa burocracia e, enquanto as rádios não são legalizadas – apesar de prestarem importantes serviços às suas comunidades –, são taxadas de “rádios piratas”, capazes de derrubar aviões, ou estão a serviço do crime organizado, tráfico de drogas e outras sandices do discurso dominante. Para piorar, muitas das rádios que deveriam ser comunitárias, são “empossadas” por grupos de interesse privado ou mesmo por políticos de menor escalão (porém não com menor gana por poder e dinheiro), como vereadores de botequim e outros aspirantes a novos ricos do dinheiro fácil.
Resumindo: só quem se comunica massivamente neste país são os ricos e poderosos. Não se trata de discurso démodé ou de esquerdista – geralmente é taxado deste modo quem assim pensa. São os números e o contexto político do país que mostram, contra a vontade dos poderosos, que a grande maioria da população é ainda desprovida do poder de informar sua realidade sob a ótica de sua própria realidade, mas apenas pela visão quase unilateral da chamada “grande imprensa”. Entre parte da população não emancipada comunicativamente estão – vejam que engraçado – os próprios jornalistas. Sim, porque quem acha que um jornalista, por atuar em um jornal ou emissora, tem liberdade de expor tudo o que apura sob o viés que crê mais próximo do real, se engana.
Pluralidade de conteúdo
O material captado pelos jornalistas passa por um editor, por um editor-executivo, por um chefe de redação e, em alguns casos, pelo dono do veículo. E é bem comum que parte do material seja descartado por “questões editoriais”. Só quem é jornalista, e sabe de fato o que vê durante sua apuração, sabe que por aí caminha a mais pura e sem-vergonha farsa dos jornais: o filtro das notícias, ou de parte delas, também chamado de gatekeeping, é muitas vezes a desculpa cínica sincera para censurar o que os donos dos jornais acreditam que seus leitores não devam ver. Eles decidem, por tais “questões editoriais”, o que o público precisa ou não ter conhecimento. Para uma analogia perfeita, vejam (ou leiam) Cidadão Kane, de Orson Welles. (Muito além do Cidadão Kane é outra pedida, para o caso brasileiro.)
E assim, os jornalistas, desprovidos de meios próprios onde pudessem dar suas opiniões pessoais, foram reféns deste sistema durante muito tempo. Mas aí veio uma tal de internet que, ao contrário da lógica comercial natural da tecnologia dos grandes interesses industriais, acaba sendo mais democrática. E com ela, mais tarde, surgiram os blogs, as redes sociais etc. E como foi interessante a internet para os jornalistas! Aos poucos, criaram seus blogs, seus perfis no Twitter, Buzze Facebook, entre outros, e começaram a escrever. A novidade: sem os filtros dos editores, dos editores-executivos e, claro, dos donos dos jornais. E não é que isso incomoda?
Incomoda e muito. Os jornalões viram que os jornalistas, em seus espaços independentes, têm poder – ainda bem limitado e inferior, que fique claro – de, indiretamente, influenciar o público; de dar suas opiniões na grande rede e de dar outras visões, além da massificada pelo Jornal Nacional e similares. No Twitter, o público leitor acompanha os perfis da “grande imprensa”, mas faz questão de acompanhar os perfis particulares dos jornalistas. Até porque “informação”, como dizem, “nunca é demais”. Os jornalistas precisam dos empregos para sobreviver, não para agir como jornalistas. Mas os jornais precisam dos jornalistas para funcionar, independente de qualquer coisa. De qualquer modo, isso deveria ser bom, pois a multiplicação das fontes de informação, sejam elas empresas de comunicação ou pessoas capazes de bem informar (independente da formação em jornalismo), poderia garantir pluralidade de conteúdo. E o problema é justamente este: pluralidade.
A velha prática
Quando os jornalistas passaram a dar suas próprias opiniões sobre temas gerais, passaram – na cabeça comercial doentia dos patrões – a competir com os jornais, na medida em que forneciam conteúdo não necessariamente igual ao dos veículos onde atuam. Como já vimos, a maioria dos veículos de comunicação no Brasil (a situação fora daqui não é muito diferente) é ligada a políticos, portanto cheios de interesses comerciais e, claro, eleitorais. E os patrões passaram a ver como ameaça essa tal liberdade dos jornalistas. Livres, sem amarras, se tornaram perigosos para os negócios.
Quando os jornais, ao implantar regras de uso em redes sociais para os jornalistas que com eles trabalham, usaram o argumento que opiniões de jornalistas podem ser confundias pelo “público” como sendo as do próprio veículo, não tenham a menor dúvida: o público a que eles se referem são os seus clientes, aqueles que negociam “notícias imparciais” em troca de publicidade extra. O público que eles tanto fazem de conta defender não está na população, de fato. Aliás, o tal público leitor não é idiota, como os jornais fazem questão de acreditar ou de fingir que acreditam. O público sabe que jornalistas podem ter opinião própria, assim como sabe que jornalistas podem ser vendidos e opinar de acordo com que o chefe quer – inclusive de criticar os jornalistas verdadeiramente livres. O público só não é idiota.
Diante de cenário tão ameaçador – informações sobre muitos vieses, opinião própria, pluralidade de conteúdo e de análises –, os jornalões não tiveram dúvida em dar um basta nisso. Ora, esse samba do crioulo-doido, conhecido vulgarmente como democracia e liberdade de expressão, precisava parar! Essa anarquia de conteúdo, que comprometia e compromete o business e o establishment, devia ser detida. E os jornalões, que adoram falar de liberdade de expressão quando se sentem ameaçados por qualquer um que ouse processá-los por, por exemplo, quebrar seu sigilo fiscal – quando nem a Justiça o fez – ou condená-los por um crime sobre o qual nem sequer foram julgados, recorrem justamente à velha prática da censura.
A inconstitucionalidade das medidas
Não estamos falando de censura propriamente dita, às claras. Os manuais de uso de Twittere afins não dizem que jornalistas não podem usar as redes. Eles fazem pior. Os manuais “recomendam” a não manifestação de posições políticas e similares sob o argumento pífio, citado acima, de que tais podem prejudicar a “credibilidade” e “imagem” do veículo. Ora, não estando definido exatamente o que pode ou o que não pode, o que fazem os jornalistas? Calam-se de maneira abrangente sobre assuntos que tratariam normalmente e passam a falar de amenidades ou, em alguns casos mais extremos, optam por excluir-se das redes sociais. Afinal, diante de tanta subjetividade, quem garante que minha singela reclamação de um posicionamento político de um parlamentar da Indonésia não será entendida como subversão aqui no Brasil?
Aí entra o primeiro crime. Assédio moral dentro do ambiente de trabalho. Pode parecer interpretativo, mas eu, particularmente, entendo que a simples possibilidade de punição, ou mesmo a perda do emprego por algo não necessariamente definido claramente como desvio de conduta por parte do profissional, no caso o jornalista, pode e deve ser encarado como assédio moral. Trabalhar sob risco de demissão quando ajusta causa é, no mínimo, subjetiva, pode ser entendido assim. É uma espécie de chantagem com os trabalhadores.
O segundo crime é o da inconstitucionalidade das medidas. Está lá, na Carta Magnado país, que é direito de qualquer cidadão (jornalistas também se enquadram no perfil, queiram ou não os patrões) a livre manifestação do pensamento, independente de credo, religião, posicionamento político. Em outras palavras, é censura. O que os jornais fazem com os jornalistas hoje com as tais regras de uso não é nada diferente do que fazia o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) no período da ditadura militar, só que sem tortura física. Usam do supracitado assédio moral e ameaça de demissão.
Direito para um, direito para todos
A Constituição, além de garantir liberdade de expressão, também fala em direito de ir e vir, acesso à educação, saúde e outros itens raros no mercado. Ela não diz que o cidadão da República Federativa do Brasil tenha que optar entre um e outro, mas diz que ele tem direito a todos eles. Portanto, o que peço aos colegas jornalistas é que, tal como preza a Constituição, não cedam à chantagem patronal e não optem pelo salário em troca de manter-se em silêncio e perder a liberdade. Não é fácil, posso garantir. Sei o que é ter a liberdade, sobretudo o emprego, sob ameaça dos interesses particulares.
Mas é importante deixar bem claro que, a partir do momento em que o cidadão livre, seja ele jornalista ou não, se deixar levar pela ameaça de perder um dos seus direitos garantidos há quase 30 anos depois de um período de sangue, suor e lágrimas, eles estará criando o caminho sem volta para que outros sejam retirados. E, de quebra, estará desonrando os que morreram em nome de tais direitos.
Com as “regras de uso” de redes sociais para jornalistas, os jornais, ainda que de maneira aparentemente não combinada entre si, acabam por criar, juntos, um momentaneamente heterogêneo Ato Institucional da Imprensa Nº 1(AII-1). Da forma em que as coisas andam, com os donos dos jornais cada vez mais inseridos no parlamento de Brasília e colocando seus interesses particulares e empresariais acima dos interesses públicos e coletivos, receio que não demoraremos a chegar no AII-5.
Afasta de mim, e de todos nós, este cale-se.
***
Importante: a liberdade de opinião e expressão na internet, em contrapartida à tirania da “grande mídia”, vale também para não-jornalistas. Existem muitos cidadãos que exercem outras funções durante a vida que não o jornalismo, mas que exercem papel fundamental de dar visões diferentes das massificadas pela imprensa corporativa. O artigo se concentra nos jornalistas por conta, especificamente, do assunto tratado, que são as famigeradas “regras de uso” das redes sociais – que não exercem impacto direto na atuação dos não-jornalistas.
***
[Mário Bentes é jornalista, redator, escritor e fotógrafo]

Valor pago a Boris Casoy por quebra de contrato aumenta

A indenização que Boris Casoy deve receber da TV Record, por rescisão de contrato, pode aumentar. Casoy  foi demitido da Record em 2006,  antes do contrato expirar,  e atualmente é apresentador da TV Bandeirantes. Na primeira decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, ficou estabelecido que a emissora deveria pagar uma multa de R$ 6,5 milhões, valor que já foi pago pela  Record. 

Agora o Tribunal determinou, em primeira instância, que o valor a ser pago deve ser de R$ 10 milhões, restando R$ 3,5 milhões a serem pagos ao apresentador.  De acordo com o advogado de Casoy, Carlos Eduardo Regina, este valor deve ainda passar por correção e pode chegar a R$ 9 milhões.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Homenagem ao pai e professor Nelson Kafruni

Outros verões


SIMONE KAFRUNI

Ela não entrava no mar porque, naquela época, na parte banhada pela água, a areia era cheia de caramujos e tatuíras que machucavam os pezinhos pequenos. Cada vez que queria tomar um banho, pedia para o pai levá-la no colo até “o fundinho”, onde o chão já não era cravejado de “pedrinhas”. E ele levava. Sempre.

Ela aproveitava a mão forte do pai e a segurança daquela presença para se jogar contras as ondas. E pedia, com as duas mãos agarradas na dele:

_ Puxa pai, puxa forte, sou um barquinho...olha...puxa, eba.

E ele puxava, rodopiava o corpinho pequeno na água. E ria.

Noutro verão, férias programadas, foram para Gravatal. Em pleno janeiro, numa estação de águas termais. No primeiro dia, banho de lama medicinal. A ideia era se lambuzar, esperar secar e aguardar pelos efeitos milagrosos. Só que fazia 40 graus. Na sombra. E quem disse que a lama no corpo do pai secava. Era tanto suor que a lama só fazia pingar. Do peito peludo, escorria aquela gosma marrom. E agora ela é que ria.

_ Não aguento essa lama _ disse ele, passando num chuveiro antes de pular na piscina.

Ela ainda olhava os círculos de água que se formavam na superfície onde o pai mergulhara, quando ouviu o berro.

_ Ahhhhh. O que é isso! Água quente (36 graus). Tá louco. Corre, diz pra tua mãe nem desfazer as malas. Estamos indo para Florianópolis.

E lá foram eles. De carro. O casal na frente. Os dois irmãos guerreando atrás. E ela metida entre os bancos dos pais, matando a curiosidade.

_ O que? Ah, aquilo lá é uma fábrica. Não, filha, o acelerador é o pedal da direita. O mundo é redondo sim. Ãã, não filha, a gente não vai cair dele por causa disso. Fica tranquila. Essa máquina aí é uma colheitadeira _ respondia, com toda a paciência de um professor.

E cochichava para a mãe:

_ Mas essa guria quer saber tudo. Nasceu repórter. Faz pergunta demais...

Aquela foi uma viagem especial. Conheceram 17 praias num só verão. Os cinco, na praia, com direito a banho de mar sob a luz da lua. Inédito e inesquecível! E ela ainda pensou: “quero morar aqui. Tem tanta praia”.

Num outro verão, estavam os três dentro d’água. Ela, o pai e o irmão caçula. Todos de mãos dadas.

_ Vamos mais no fundo, pai?

_ Aqui tá bom filha, é perigoso. Ihhh, olha lá, não disse, é perigoso.

Mais à frente, um casal de argentinos se afogava. O pai mandou ela nadar em direção à praia. E de lá onde estava lançou o irmão, pequeno, para os braços dela, que já estava com a água numa altura segura.

_ Leva ele pra areia. Vai. Agora.

E nadou na direção contrária. Foi buscar os argentinos. Conseguiu tirá-los do buraco. Salvou os dois do afogamento. E chegou na areia como o herói que, para ela, sempre fora.

Alguns verões depois, ela precisava de um up grade no Carnaval. Botou na cabeça que queria ir no baile dos adultos. Não curtia mais a festa das crianças embora ainda não tivesse 13 anos. E lá foi ele, com a mãe, no clube, à noite, levá-la na festa de “gente grande”. Com sono, sem saco para dar uma de babá, mas firme e forte. E ai de quem se assanhasse com a filhinha estreante.

Com a liberdade conquistada, pelo menos durante o verão, ela começou a curtir as saidinhas noturnas. Às vezes se empolgava e perdia a hora. Até ver a figura dele, no meio da multidão, no centrinho da praia, furioso. Ela voltava “pianinho” pra casa, ouvindo aquele sermão.

_ E amanhã tu tá de castigo, hein, baixinha! Não adianta chorar.

Tantos verões se passaram e de repente era ela quem o levava à praia. Na Ilha, o pai gostava de Canasvieiras, justamente a praia que ela detestava.

_ Muita gente, pai. Eu conheço uma prainha mais tranquila...

_ Quem quer tranquilidade, filha? Tua mãe e eu gostamos de ver gente. E gosto tanto daquele marzinho morno. Foi lá que a gente ficou até as 9h da noite tomando banho de mar em 1978. Lembra? Foi a primeira vez que te trouxe para Florianópolis.

E lá iam pegar praia em Canasvieiras. Tomar cerveja, olhar pro mar, comer camarão e conversar sobre tudo ou qualquer coisa. Dar braçadas nas águas calmas. Ele era exímio nadador. Fora campeão na juventude.

Aposentado, foi morar na praia. Ir à beira-mar era o seu passeio predileto. Sentar na cadeira de praia, beber cerveja, comer milho, tomar banho de mar, conversar nas barracas com os amigos de tantos anos. Esperava o verão com ansiedade. Amava o mar. Como amava. Queria ver a praia cheia, gostava do calor para poder entrar no mar.

Até que, nesse verão, entrou para nunca mais sair.

E para ela é como se fosse o último verão.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

E a gente reclama do salário

Jornalista russo que perdeu perna em retaliação por reportagem é condenado por calúnia



Um jornalista russo que perdeu uma perna e a voz em uma retaliação por uma reportagem sobre corrupção, foi condenado por calúnia por acusar um político como o autor do atentado. 

Mikhail Bebetov, assim como dezenas de jornalistas russos, foi atacado após escrever uma série de reportagens sobre desvio de verbas na construção de uma estrada próxima ao subúrbio de Moscou, que tem gerado debate no país. 

Em 2007, depois que uma bomba explodiu seu carro, Bebetov, que não se feriu no atentado, afirmou que  Vladimir Strelchenko, prefeito da cidade de Khimki, foi o mandante da tentativa de assassinato. 

Um ano depois, dois homens capturaram o jornalista e o deixaram em um lugar ermo, para que ele morresse de frio. Com resultado da gangrena, Bebetov teve de amputar a perna direita e suas cordas vocais foram afetadas definitivamente, o que fez com que ele perdesse sua voz. 

Os responsáveis pelo rapto do jornalista nunca foram levados a julgamento. Em vez disso, o prefeito de Khimki o processou por calúnia e venceu. 

Bebetov foi condenado a pagar uma multa de US$ 200, mas foi liberado do pagamento por conta de sua situação financeira excepcional. Ele afirmou que irá recorrer, mesmo que não tenha que pagar a indenização, segundo informa o site da Editor and Publisher. 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Frustrante

"A falta de perguntas pelos jornalistas me frustra", afirma Bonner sobre último debate

Programa na TV Globo trará perguntas apenas de eleitores indecisos

No último debate das eleições 2010, o jornalista e apresentador William Bonner esclareceu, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, algumas regras para o programa da TV Globo desta noite, após Passione. A principal, segundo ele: as perguntas serão feitas apenas por eleitores indecisos.

— As questões serão formuladas por eleitores, isso dá uma certa dramaticidade para o debate. A falta de perguntas pelos jornalistas me frustra (como profissional) — afirmou Bonner.

Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) vão para uma arena sem poder fazer perguntas um para o outro. As regras estabelecidas pela emissora preveem que apenas os convidados — todos selecionados pelo Ibope em diferentes Estados do país — farão questionamentos.

— Os indecisos formularam perguntas e as melhores, jornalísticamente interessantes, foram selecionadas. Estes vão participar do programa: teremos 80 indecisos selecionados e, destes, 12 vão fazer perguntas — explicou Bonner.

— Os candidatos terão uma tela e vão tocando em quadradinhos. Eles selecionam o indeciso e o eleitor fará a pergunta. Assim, o candidato 1 responde, o candidato 2 tem direito a réplica em cima da resposta dada, e o 1 terá um momento de tréplica — resume o apresentador.

O cenário do debate será uma arena, que facilitará a movimentação dos candidatos durante as respostas. Os eleitores indecisos estarão sentados em volta. O sistema foi usado em 2006 — quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin (PSDB) disputaram o segundo turno — e deixa os candidatos mais expostos.

Cada concorrente poderá ser acompanhado por até 11 assessores, sendo que apenas três deles terão acesso ao candidato no estúdio durante o programa. Além disso, cada um poderá convidar até 32 pessoas para a plateia. Ao término, os candidatos darão uma coletiva de cinco minutos na sala da imprensa. A ordem das entrevistas foi determinada por sorteio. Serra será o primeiro a falar com a imprensa, seguido de Dilma.

O último embate será transmitido pela Rádio Gaúcha. Da Central Globo de Produção, no Rio de Janeiro, os jornalistas André Machado e Felipe Chemale entrarão ao vivo durante a programação.
ZEROHORA.COM

Jornalista de GO que se demitiu ao vivo apresenta gravações que comprovam censura

Gravações apresentadas ao Ministério Público pelo jornalista Paulo Beringhs comprovam que ele foi censurado pelos diretores da TV Brasil Central, administrada pelo governo de Goiás. 

Na semana passada, o jornalista se demitiu, ao vivo, durante a apresentação de seu programa e informou aos telespectadores que fora proibido de entrevistar Marconi Peillo (PSDB0, candidato ao governo do estado que disputa a eleição com Íris Rezende (PMDB), apoiada pelo atual governador, Alcides Rodrigues, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Há poucos instantes do programa do jornalista ir ao ar, Beringhs foi informado de que deveria cancelar a entrevista com Perillo, marcada para o dia seguinte. O apresentador contra-argumentou dizendo que Íris também tinha sido convidado, mas não compareceu por razões de incompatibilidade de agenda. Então, a entrevista com o candidato oposicionista teria sido cancelada por ordem da chefia da emissora. 

Antes de se demitir, Beringhs teve duas reuniões com representantes da TV. Na primeira, estiveram presentes assessores do presidente da Agência Goiana de Comunicação (Agecom), Marcus Vinícius Faria Felipe, e o diretor comercial da empresa de Beringhs, Luiz Fernando Dibe. Nesse momento, os funcionários da Agecom disseram ao jornalista que a entrevista com Perillo não iria ao ar. 

Segundo informa o site da revista Veja, caso o jornalista descumprisse a determinação, a TV Brasil Central simplesmente não iria veicular a entrevista. 

"Sugeriram que eu tirasse alguns dias de descanso, colocasse programas antigos no ar sobre música e amenidades. A linha deles é claramente tendenciosa a favor de Iris", declarou Beringhs. O jornalista disse, ainda, que depois do incidente a emissora teria ameaçado colocar pessoas de "confiança" na redação para acompanhar a rotina e autorizar entrevistas. 

Um dos orientadores de pauta seria o jornalista Eduardo Horácio, da Rádio 730, segundo Beringhs. 

Já na segunda reunião, ocorrida na casa do jornalista e gravada por ele, contou com a presença de seu colega de bancada na apresentação do programa, Cléber Ferreira, Luiz Fernando Dibe e Reginaldo Alves da Nóbrega Júnior, diretor administrativo da empresa de Beringhs, que presta serviço à TV Brasil Central.

Cléber Ferreira alertou o jornalista sobre as intenções dos diretores da TV. "Eu acho que a determinação é para te tirar do ar. Ou então para chegar e falar para você: "Não, agora vai ser assim", disse Ferreira na conversa gravada. No entanto, no dia em que Beringhs revelou a tentativa de censura, Ferreira negou, no ar, que estivesse a par do acontecido.    


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Depois da armação da bolhinha de papel, mais por vir


A filósofa Marilena Chaui denunciou nesta segunda-feira (25) uma possível articulação para tentar relacionar o PT e a candidatura de Dilma Rousseff à violência. De acordo com ela, alguns partidários discutiram no final de semana uma tática para usar a força durante o comício que o candidato José Serra (PSDB) fará no dia 29.

Segundo Chaui, pessoas com camisetas do PT entrariam no comício e começariam uma confusão. As cenas seriam usadas sem que a campanha petista pudesse responder a tempo hábil. “Dia 29, nós vamos acertar tudo, está tudo programado”, disse a filósofa sobre a conversa. Para exemplificar o caso, ela disse que se trata de um novo caso Abílio Diniz. Em 1989, o sequestro do empresário foi usado para culpar o PT e o desmentido só ocorreu após a eleição de Fernando Collor de Melo.

A denúncia foi feita  durante encontro de intelectuais e pessoas ligadas à Cultura, estudantes e professores universitários e políticos, na USP, em São Paulo.  “Não vai dar tempo de explicar que não fomos nós. Por isso, espalhem.”

Ela também criticou a campanha de Serra nestas eleições. “A campanha tucana passou do deboche para a obscenidade e recrutou o que há de mais reacionário, tanto na direita quanto nas religiões.”

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A censura se espalha no país

Pelo menos mais três Estados se preparam para criar conselhos de comunicação com o objetivo de monitorar a mídia, a exemplo do que já ocorre no Ceará. O governo de Alagoas, do PSDB, estuda transformar um conselho consultivo em deliberativo, com poder semelhante ao do cearense. No Piauí, um grupo de trabalho propôs a criação de órgão para, entre outras coisas, vigiar o cumprimento das regras de radiodifusão.
Na Bahia, o conselho pretende ser vinculado à Secretaria de Comunicação.


ISSO É CENSURA,  É INCONSTITUCIONAL.


ONDE FOI PARAR A LIBERDADE DE EXPRESSÃO???

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Finalistas Prêmio Esso 2010

               22/10/10      

Prêmio Esso de Jornalismo 2010
aponta os trabalhos finalistas

Vencedores serão conhecidos no dia 18 de novembro em cerimônia de premiação
Com o recorde de 1.215 trabalhos inscritos em 2010, o Prêmio Esso de Jornalismo revela os 38 finalistas deste ano, divididos em 11 categorias de mídia impressa e uma modalidade de telejornalismo. Os vencedores desta 55ª edição serão conhecidos no próximo dia 18 de novembro, durante Cerimônia de Premiação a ser realizada no Hotel Copacabana Palace, no Rio.
Ao todo, 19 jornalistas, alguns dos quais integrantes de equipes dos maiores jornais brasileiros, examinaram durante cerca de 30 dias um total de 1.128 trabalhos de mídia impressa, entre reportagens, fotografias, primeiras páginas e criações gráficas, para concluir pela indicação de 35 trabalhos finalistas. Outros cinco jurados que integraram as duas comissões de mídia eletrônica indicaram, dentre 87 trabalhos inscritos, os três finalistas ao Prêmio Esso de Telejornalismo, que chega à 10ª edição consecutiva.
As comissões de seleção do Prêmio Esso de Jornalismo 2010 se reuniram nos dias 19, 20 e 21 de outubro, no hotel Miramar, situado em Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro.
A escolha final dos vencedores de cada uma das categorias de mídia impressa caberá a uma Comissão de Premiação a ser especialmente constituída para esse fim. A designação do vencedor do Prêmio Esso de Telejornalismo competirá à mesma comissão de julgamento que apontou os trabalhos finalistas.
A foto vencedora do Prêmio Esso de Fotografia será escolhida via Internet por uma Comissão Especial de 50 jurados que votarão em um dos cinco trabalhos selecionados e adiante indicados.
Como em anos anteriores, todos os trabalhos de texto inscritos foram digitalizados e disponibilizados aos jurados através de site na Internet para exame preliminar, 40 dias antes do julgamento. O serviço de digitalização de mais de 10 mil páginas e a criação do site foi executado pela empresa DocPro.
Em 55 anos de existência, estima-se que mais de 28 mil trabalhos tenham sido submetidos a julgamento no âmbito do Prêmio Esso de Jornalismo, consolidando a sua condição de mais importante, tradicional e disputada premiação da imprensa brasileira.
MELHORES DE 2010
Para selecionar os trabalhos finalistas, as comissões examinaram 522 reportagens, séries de reportagens ou artigos; 168 trabalhos fotográficos; 177 trabalhos de criação gráfica em jornal, 91 trabalhos de criação gráfica em revista e 168 primeiras páginas de jornal, além de 87 trabalhos de telejornalismo e 02 inscrições ao Prêmio de Melhor Contribuição à Imprensa, totalizando 1.215 inscrições.
É a seguinte a relação dos trabalhos finalistas considerados os melhores de 2010, divididos por categoria a que concorrem, segundo a ordem de inscrição:
1 - FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO DE REPORTAGEM
Renata Cafardo e Sérgio Pompeu,com o trabalho PROVA VAZA E MEC DECIDE CANCELAR ENEM, publicado no jornal O ESTADO DE S. PAULO.
Leonardo Souza, com o trabalho DOSSIÊ TRAZ DADOS SIGILOSOS DA RECEITA CONTRA TUCANOS publicado na FOLHA DE S. PAULO
Katia Brembatti, Karlos Kohlbach, James Alberti e Gabriel Tabatcheik, com o trabalho DIÁRIOS SECRETOS, publicado na GAZETA DO POVO (Curitiba)
2 - FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO DE FOTOGRAFIA
Iano Andrade, com o trabalho O CAMINHO DE DUNGA publicado no CORREIO BRAZILIENSE.
Monique Renne, com o trabalho PRAÇA DE GUERRA NO BURITI, publicado no CORREIO BRAZILIENSE.
Alexandre Vieira, com o trabalho FAROESTE CARIOCA, publicado no jornal O DIA.
Jessé Giotti, com o trabalho EMOÇÃO RUMO AO HAITI, publicado no jornal A NOTÍCIA (Joinville).
André Teixeira, com o trabalho DOR E FRUSTRAÇÃO, publicado no jornal O GLOBO.
3 - FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO DE INFORMAÇÃO ECONÔMICA
Cristiano Romero e Alex Ribeiro, com o trabalho OS BASTIDORES DA CRISE, publicado no VALOR ECONÔMICO.
Leonardo Souza, com o trabalho SEM CAIXA, GOVERNO SEGURA RESTITUIÇÕES, publicado na FOLHA DE S. PAULO.
Marcos Todeschini e Alexa Salomão, com o trabalho UM MERGULHO NA NOVA CLASSE MÉDIA, publicado na revista ÉPOCA NEGÓCIOS.
4 - FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E ECOLÓGICA
João Moreira Salles, com o trabalho ARTUR TEM UM PROBLEMA, publicado na revista PIAUÍ.
Herton Escobar, com o trabalho CERRADO: DEVASTAÇÃO AVANÇA SOBRE A SAVANA BRASILEIRA, publicado no jornal O ESTADO DE S.PAULO.
Flávia Junqueira, com o trabalho A VINGANÇA DO SARAPUÍ, publicado no jornal EXTRA.
5- FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO DE PRIMEIRA PÁGINA
Bárbara Carvalho, Fabrício Cardoso, Edgar Gonçalves Jr., Denis Pacher, José Werner e Patrick Rodrigues, com o trabalho AINDA SOMOS O ÚNICO PENTA, publicado no JORNAL DE SANTA CATARINA (Blumenau).
Sérgio Costa e Daniela Fontinele Botelho, com o trabalho S.O.S, publicado no jornal CORREIO*.
André Hippertt, Alexandre Freeland, Ana Miguez e Leslie Leitão, com o trabalho FAROESTE CARIOCA, publicado no jornal O DIA.
6 - FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO DE CRIAÇÃO GRÁFICA - JORNAL
Gil Dicelli, com o trabalho TRILOGIA INQUISIÇÃO - NO RASTRO DOS AMALDIÇOADOS, publicado no jornal O POVO (Fortaleza).
Tcha-Tcho, Eduardo Asta e Fábio Sales, com o trabalho CRONOLOGIA VISUAL DA COPA 2010, publicado no jornal O ESTADO DE S.PAULO.
Andréa Miranda Aguiar e Pedro Melo Heudes Régis, com o trabalho QUASE BRANCOS, QUASE NEGROS; UM PÉ NO SALÃO, OUTRO NA SENZALA, publicado no JORNAL DO COMMERCIO (Recife).
7 - FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO DE CRIAÇÃO GRÁFICA - REVISTA
Elottim Barros, Ricardo Calil, Lino Bocchini, Alex Cassalho, Camila Fudisako, Thiago Bolotta, Caio Ferretti e Fujocka, com o trabalho EDIÇÃO ESPECIAL MORTE, publicado na revista TRIP.
Gabriel Gianordoli, Leandro Narloch, Alexandre Versignassi e Sattu, com o trabalho 19 MITOS QUE VOCÊ APRENDEU SOBRE O BRASIL, publicado na revista SUPERINTERESSANTE.
Mirian Bertoldi, Leonardo Megna, Oliver Quinto e Daniela Yaroslovsky, com o trabalho OLHAR DO FUTURO, publicado na revista MARIE CLAIRE.
8 - FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO REGIONAL NORTE/ NORDESTE
Fred Figueiroa e Juliana Colares, com o trabalho O CAMINHO SEM VOLTA, publicado no DIÁRIO DE PERNAMBUCO.
Ana Cláudia Dolores, Ana Paula Neiva, Marcionila Teixeira e Wagner Oliveira Colares, com o trabalho CASO JENNIFER, publicado no DIÁRIO DE PERNAMBUCO.
Demitri Túlio, Claúdio Ribeiro, Fátima Sudário e Ana Mary Cavalcante, com o trabalho INQUISIÇÃO - NO RASTRO DOS AMALDIÇOADOS, publicado no jornal O POVO (Fortaleza).
9 - FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO REGIONAL CENTRO-OESTE
Ary Filgueira, com o trabalho MISTÉRIO EM LUZIÂNIA, publicado no CORREIO BRAZILIENSE.
Thiago Herdy, com o trabalho NOS PASSOS DE JEAN, publicado no ESTADO DE MINAS.
Thiago Herdy, Alessandra Melo e Amanda Almeida, com o trabalho NOTAS FRIAS, publicado no ESTADO DE MINAS.
            10 - FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO REGIONAL SUL
Carlos Etchichury e Juliana Bublitz, com o trabalho CORRUPÇÃO NAS CADEIAS, publicado no jornal ZERO HORA.
Diogo Vargas e Guto Kuerten, com o trabalho TORTURA EM DOMICÍLIO, publicado no DIÁRIO CATARINENSE (Florianópolis).
Simone Kafruni, com o trabalho O CAMPO ENVELHECE, publicado no DIÁRIO CATARINENSE (Florianópolis)
          11 - FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO REGIONAL   SUDESTE
Chico Otávio e Cássio Bruno, com o trabalho LIGAÇÕES PERIGOSAS publicado no jornal O GLOBO.
Antônio Werneck, Ruben Berta e Sérgio Ramalho, com o trabalho O X DA QUESTÃO, publicado no jornal O GLOBO.
Letícia Vieira, com o trabalho A ESCOLA COMO ELA É, publicado no jornal EXTRA.
12 - FINALISTAS AO PRÊMIO ESSO DE TELEJORNALISMO
Mariana Pinto, Tatiana Brasil e Célio Galvão, com o trabalho PRESÍDIOS: SOBREVIVENDO NO INFERNO, exibido na TV RECORD.
Roberto Cabrini, Luciana Del Claro, José Dacauaziliquá, Bruna Estivalet, Márcio Ronald e Lula Andrade, com o trabalho SEXO, INTRIGRAS E PODER, exibido no SBT.
Marina Machado, Luis Evangelista, Gisela Bello e Carlos Rodrigues, com o trabalho MULHERES - REFÉNS DO MEDO, exibido na TV BANDEIRANTES.
13- MELHOR CONTRIBUIÇÃO À IMPRENSA
Além da indicação dos trabalhos finalistas, a Comissão de Seleção que julgou os trabalhos da mídia impressa concedeu o diploma de "Melhor Contribuição à Imprensa em 2010" ao livro "Os Novos Escribas", de Solano Nascimento, que faz uma detalhada análise de modalidades classificadas pelo autor como "jornalismo investigativo" e "jornalismo sobre investigações". Com uma análise quantitativa e qualitativa de reportagens, a obra mostra que, no final da década de 1980, 75% das matérias exclusivas com denúncias eram resultado da investigação do próprio repórter. Duas décadas depois, 70% dessas matérias têm como base investigações oficiais feitas por policiais, procuradores e outros agentes a serviço do Estado.
NOMES E PRÊMIOS
A Comissão de Seleção do PRÊMIO ESSO DE JORNALISMO 2010 foi constituída pelos seguintes jornalistas:
Beth Cataldo; Deca Soares (Zero Hora); Décio Navarro; Elaine Gaglianone (O Dia); Erick Guimarães (O Povo); Fábio Gusmão (Extra); Giancarlo Baraúna (Diário Catarinense); Helena Celestino (O Globo); João Bosco Sales (Estado de Minas); José Roberto Nassar; Maria Luiza Borges (Jornal do Commercio); Maristela Crispim (Diário do Nordeste); Marleth Rejane da Silva (Gazeta do Povo); Paula Losada (Diário de Pernambuco); Rogério Gentile (Folha de S.Paulo); Rogério Reis (Agência Tyba); Rui Nogueira
(O Estado de S.Paulo); Sérgio Léo (Valor Econômico); e Vicente Nunes (Correio Braziliense).

A Comissão de Pré-Seleção do PRÊMIO ESSO DE TELEJORNALISMO foi constituída pelos jornalistas e professores universitários Ana Costabile, Ana Gregati e Katy Navarro.
A Comissão de Seleção do PRÊMIO ESSO DE TELEJORNALISMO foi constituída pelos jornalistas Ana Gregati, Antonio Brasil e Denise Barreto.
O Prêmio Esso de Jornalismo, em sua 55ª edição, destina este ano aos vencedores um total de R$ 107 mil, já deduzidos os impostos. Além do prêmio principal, que leva o nome do programa, fixado em R$ 30 mil, e do Prêmio de Telejornalismo, estabelecido em R$ 20 mil, serão distribuídos R$ 10 mil para as categorias de Reportagem e Fotografia, R$ 5 mil para cada uma das categorias de Criação Gráfica - Jornal, Criação Gráfica - Revista, Informação Econômica, Informação Científica/Tecnológica/Ecológica, Prêmio Esso de Primeira Página e R$ 3 mil para cada um dos quatro prêmios regionais.