sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Lançada a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma

Um café da manhã bastante concorrido na Câmara dos Deputados, segundo informações da Fenaj, marcou, na quarta-feira (23/9), o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma, que já conta com a participação de 203 deputados e 12 senadores. A coordenadora da Frente, Deputada Rebecca Garcia (PP/AM), anunciou que nos próximos dias fará contatos para encaminhamento de matérias de interesse dos jornalistas e da PEC 386/09, que restabelece a exigência do diploma para o exercício da profissão. O lançamento da Frente foi prestigiado por 31 deputados, dois senadores, pelos dirigentes da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, Antônio Paulo, Aloísio Lopes e Arthur Lobato, e pelos presidentes dos Sindicatos dos Jornalistas de São Paulo, Amazonas, Distrito Federal e Município do Rio de Janeiro (Guto Camargo, César Vanderley, Romário Schettino e Suzana Blass, respectivamente). Homenageando a categoria, a deputada Rebecca Garcia convidou para compor a mesa que coordenou o ato a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB/RS), o deputado Emiliano José (PT/BA), que são jornalistas, além do presidente da Fenaj, Sérgio Murillo. Rebecca anunciou que a primeira ação da Frente será o contato com a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados para encaminhamento da PEC 386/09, a PEC dos Jornalistas. Outra ação será a retomada de contato com o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB/SP), para solicitar a instalação de uma Comissão Especial para analisar todas as matérias de interesse dos jornalistas que tramitam no Congresso Nacional. A coordenadora anunciou, também, que é objetivo da Frente realizar um seminário em outubro sobre as propostas de elaboração de uma nova Lei de Imprensa, de caráter democrático. Autor da PEC dos Jornalistas que tramita na Câmara, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), informou que o relator da matéria, o deputado Maurício Rands (PT/PE) vai apresentar seu parecer na CCJC na primeira semana de outubro. "Nosso objetivo é acelerar a tramitação desta matéria e a instalação desta Frente Parlamentar vai ajudar bastante neste sentido", avaliou. Já o presidente da Fenaj registrou a grande expectativa dos jornalistas brasileiros com relação ao posicionamento do Congresso Nacional após a decisão do Supremo Tribunal Federal que extinguiu com a exigência do diploma para o exercício do jornalismo, gerando uma crise que ameaça a própria regulamentação da profissão. "Esse é o lugar apropriado, no Congresso Nacional, para encontrarmos um meio de contornar essa ameaça séria que hoje paira sobre a profissão que é a desregulamentação geral, situação que não interessa à categoria e degrada o direito do cidadão de ter informação com qualidade", destacou.
FONTE: SJSP

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Boa sorte aos que ficam

Mais uma barca passou sem carregar o Mestre Cuca. Já são três no atual restaurante, quatro se contar uma limpa em Porto Alegre. Pelo jeito o salário do Mestre Cuca é tão baixo que não ameaça o fluxo de caixa do poderoso grupo para o qual cozinha diariamente. Ou os pratos do dya oferecidos ainda não se tornaram tão indigestos.
Não sei se Mestre Cuca agradece ou lamenta. Mas segue a rotina.
A cozinha é a mesma, mas ideias são novas. Vamos lustrar as baixelas, arear as panelas, tirar o ranço e começar tudo de novo, para fazer refeições melhores com os mesmos ingredientes daqui pra frente.
Fica a saudade daqueles que não mais passarão os dias nesta cozinha com a gente e o desafio de tocar o barco sem a experiência dos chefs que foram para outros bistrôs ou se retiraram do metier.
Boa sorte aos que ficam.
Bora pra frente!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

La Barca


É com pesar que o blog Pra todo Dya anuncia mais uma barca na imprensa catarinense. E o Mestre Cuca faz aqui uma breve homenagem àqueles que fizeram o jornalismo diário do jornal de maior circulação de Santa Catarina, pelo menos nos últimos 10 anos.
A reunião que consagra as novas mudanças ainda está por vir, mas como cozinheiros são pessoas bem informadas, algumas alterações já chegaram na cozinha, lamentadas por chefs, auxiliares e saladeiros de plantão.
Enquanto a profissão de jornalista continuar no limbo, mais barcas passarão nas redações e cozinhas deste país, levando bons profissionais e colocando em seus lugares cozinheiros mais baratos a serviço das poucas famílias que dominam a culinária neste país.
Continuam achatando nossos salários de forma esmagadora, literalmente.
Lamentável. Dá mesmo vontade de partir em busca de novas cozinhas.

Jornalistas no STF, já!

Por Laércio Pimentel
No princípio, Deus criou o céu e a terra (...). Talvez devamos partir daí para explicar ao egrégio Supremo Tribunal Federal (STF) que o Jornalismo principia da Comunicação, a qual não cabe apenas na síntese de mera troca de mensagens entre interlocutores, mas, como bem sabemos, numa ciência.
A comunicação é fundamentada pela soma de diversas faculdades, transacionando vastos conhecimentos que se pautam nas raízes da própria história, recrudescendo pelas veias da sociologia, psicologia, antropologia, filosofia e outras valorosas ciências do conhecimento humano. Portanto, pobre daquele que vê na função do jornalismo o simples pressuposto da captação e transmissão de notícias, pois se assim fosse, então deveríamos abrir parênteses para a admissão maciça dos "amigos" psitaciformes - também conhecidos como papagaios.
A análise dos fatos, informações e interpretações das notícias soam tal quais as características e similaridades do julgamento de um processo, o qual os detentores da balança da justiça exercem com os mesmos parâmetros de formação dos bacharéis em Comunicação, porém com o competente exercício e aplicação do conhecimento jurídico adquirido nas faculdades de Direito; o que mais uma vez se equivale ao bacharel em Comunicação, habilitado em Jornalismo, detentor das técnicas e da ciência necessária ao pleno exercício da profissão. Se assim não for, há de se abrir vagas aos jornalistas que desejem postular uma cadeira no nobre STF.
Tratar o jornalismo e, por extensão, a ciência da comunicação como roupagem de prato culinário, é preconceito pela falta de conhecimento. Não há fator de igualdade, nem tampouco similaridade, para que os nobres companheiros da culinária, ou de qualquer outra valorosa profissão, possam se travestir de jornalistas, e nem bacharéis de Comunicação vistam "capas pretas" e se achem no direito ao Direito. Como diria o jurista Rui Barbosa: "A regra da igualdade não consiste senão em aquinhoar desigualmente os desiguais, na medida em que se desigualam. Tratar com desigualdade a iguais ou desiguais com igualdade seria desigualdade flagrante e não igualdade real."
O caminho da verdadeira democracia é pavimentado pelo fortalecimento de suas instituições, pelo pleno e verdadeiro exercício de liberdade de expressão. Visto que o que passou, passou, cabe agora ao Legislativo corrigir o errôneo julgamento e devolver a prática do jornalismo a quem de direito.
FONTE: FENAJ